As estatísticas sobre a atividade econômica em Santa Maria são escassas. Os únicos dados que saem quase imediatamente são o balanço de empregos do Caged e do custo de vida (inflação), pois os demais indicadores, como PIB, demoram muito. Por isso, para se ter um termômetro da atividade econômica da cidade, é preciso recorrer a indicadores como a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Feita essa explicação, vamos aos dados. A boa notícia é que a arrecadação de ICMS teve crescimento real (descontada a inflação) de 9,5% neste 1º semestre na cidade, ficando superior à alta no Estado, de 7,3%, e um pouco abaixo da região, que atingiu 10,0%.
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Mas é preciso levar em conta que foi só uma recuperação, após o tombo de -9,4% no 1º semestre de 2016 e de -4,4% nos seis primeiros meses de 2015.
Segundo o delegado da Receita Estadual na região, Edson Boer Dri, não há como ter certeza absoluta do que provocou esse aumento. Vários fatores influenciam e fazem com que a arrecadação oscile, como nível da atividade econômica, crises política/econômica/financeira, safra satisfatória e preços dos produtos agrícolas.
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Apesar de ser difícil emitir opinião sem ter um estudo mais aprofundado, ele acredita que essa reação positiva da arrecadação na região e em Santa Maria, neste ano, deve-se em grande parte à supersafra de grãos. É o motor do agronegócio mais uma vez ajudando a economia também nas cidades.
Dri avalia que a construção civil e demais obras de grande porte que estão em pleno andamento na cidade podem ter contribuído para esse reaquecimento.